A parceria entre a mastologia e a cirurgia plástica traz menos danos estéticos e psicológicos a paciente. “Avaliamos o tamanho do nódulo e o que pode ser feito para evitar a deformidade da mama e a cicatriz indesejada. Se a paciente tiver os seios grandes, com sobra de pele, podemos reduzí-los. Ela ficará com os seios bonitos, empinados, e com uma cicatriz planejada, como se tivesse se submetido apenas à plástica”, esclarece a cirurgiã plástica Ivanoska Filgueira. Quando o nódulo é muito grande, a médica utiliza também o próprio material da mama para evitar a deformidade acentuada.
No caso da mulher ter os seios pequenos pode-se optar pelo implante de prótese de silicone. O corte pode ser feito através do mamilo ou abaixo do seio, vai depender de onde está o nódulo. “Às vezes utilizamos próteses de tamanhos diferentes para que a mama afetada fique do mesmo tamanho da outra”, afirma a cirurgiã plástica. Há casos em que a paciente possui vários nódulos a serem retirados, mas os procedimentos são os mesmos.
O ideal é que a consulta entre a paciente, o mastologista e cirurgião plástico seja feita em conjunto. “Nós orientamos o cirurgião plástico quanto as lesões para que ele possa fazer uma proposta cirúrgica que venha minimizar o problema”, relata Márcia Motta Teodoro.
Cerca de 80% dos tumores mamários palpáveis são alterações benignas e que não aumentam significativamente o risco para desenvolvimento do câncer de mama. Precisam ser retirados os nódulos sólidos que aumentam de volume, os nódulos mistos (porção líquida e sólida), e os nódulos cujo exame acusa lesão a esclarecer ou suspeito para a malignidade. Há também indicação cirúrgica para os casos de papilomatoses ductais, que são a formação de pólipos dentro do ducto mamário.
A realização da cirurgia combinada só é recomendada pelo médico em casos em que não há processo infeccioso associado. O diabetes descompensado, anemia, hipertensão descompensada são alguns dos problemas que também contra-indicam a utilização deste recurso.